Revista de Imprensa

Novembro 28, 2008

jornaisOs ataques terroristas em Bombaim, a decisão de extradição de Vale e Azevedo para Portugal e a revelação de que os médicos poderão ser forçados a ficar mais anos nos hospitais são temas hoje em destaque nos jornais.

O Diário de Notícias destaca na primeira página “Barbárie em Bombaim”, referindo-se a uma série de ataques a hotéis, uma estação de caminhos-de-ferro e restaurantes levados a cabo por extremistas islamistas.

De acordo com um último balanço das autoridades indianas, os ataques causaram pelo menos 130 mortos.

O diário revela também na primeira página “Comércio espera pior Natal desde 1989” devido à crise.

O jornal escreve que a confiança dos comerciantes já não estava tão baixa há décadas, de acordo com dados recolhidos pelo Instituto Nacional de Estatística.

O jornal Público faz hoje manchete com o título “O 11 de Setembro indiano”, referindo-se aos ataques terroristas em Bombaim que já fizeram pelo menos 130 mortos.

O matutino puxa ainda para a capa “Travagem da economia provoca quebra de 480 milhões nas receitas fiscais em 2009” e “Marinho Pinto afasta hipóteses de demissão”.

“Extradição de Vale [e Azevedo] nas mãos dos lordes” é a manchete do Correio da Manhã, referindo que o Tribunal de Westminster ordenou quinta-feira a extradição de João Vale e Azevedo para Portugal.

Contudo, o processo vai continuar porque o ex-presidente do Benfica vai recorrer da decisão.

O CM puxa ainda para a capa “Inferno grego”, referindo-se à derrota do Benfica com os gregos do Olympiacos por 5-1, em jogo da terceira jornada do Grupo B da Taça UEFA de futebol.

“BPP deu 300 milhões a accionistas” e “Caixa [Geral de Depósitos] levou quadros do BPN” são outras chamadas de capa do CM.

O Jornal de Notícias revela na capa “Médicos forçados a ficar mais anos nos hospitais”, escrevendo que os especialistas são obrigados a prestar serviço por período igual ao da formação.

“Irredutíveis” é outro título de destaque do JN, referindo-se às manifestações de professores dos últimos dias para pedir a suspensão da avaliação de desempenho.

A ministra da Educação e os sindicatos reúnem-se hoje em Lisboa, mas, segundo o jornal, a ronda negocial deverá terminar sem acordo.

O 24horas titula “Ex-patrão do BPN foi o único banqueiro a financiar o PS”, salientando que a campanha de José Sócrates recebeu 2.500 euros de Oliveira e Costa.

O PSD não declarou as pessoas que pagaram a sua campanha, mas jura que não recebeu donativos do suspeito de fraude, adianta ainda o diário.

“Vale e Azevedo adia outra vez extradição de Londres” e “Presos da ‘Noite Branca’ à beira da liberdade” são outras chamadas de capa do 24horas.

O Diário Económico avança na capa “João Rendeiro está disponível para sair do BPP” se isso facilitar uma solução para salvar o Banco Privado Português.

O económico refere que há seis bancos disponíveis para salvar o BPP.

Na primeira página, o DE refere ainda que “Berardo perde 700 milhões com descida da bolsa” e “Plano de Bruxelas a crise dá mil milhões a Portugal”.

“Banco Privado salvo por grupo de seis bancos” adianta o Jornal de Negócios em manchete, contando ainda que o Estado garante os créditos com penhora ao BPP.

O JdN revela ainda que o “Crédito à habitação vai descer quase mil euros em 2009”.

Por fim, o Semanário chama à primeira página “‘Choque fiscal’ de Sócrates”, referindo ainda que o Parlamento aprova hoje o Orçamento do Estado para 2009.

O jornal avança ainda que “Manuela Ferreira Leite pode abandonar liderança do Conselho Nacional de meados de Janeiro de 2009”.

A goleada sofrida pelo Benfica frente ao Olympiakos, 5-1, num encontro da Taça UEFA em futebol preenche hoje as primeiras páginas dos jornais desportivos.

Com uma fotografia, o avançado hondurenho David Suazo de joelhos, A Bola diz na sua manchete que “Uma desgraça nunca vem só!” enquanto o Record refere no seu título de hoje “É sempre a aviar”.

“Depois da selecção e do Sporting, Benfica arrasado em Atenas”, refere A Bola, enquanto o Record diz que “Depois dos leões anjinhos foram os passarinhos da Luz a levar 5”.

O Record relembra ainda que “Só um milagre matemático salvará encarnados da eliminação da UEFA” após a “Terceira maior derrota da história na Europa”.

Por seu lado, O Jogo diz que os “encarnados” foram “Humilhados”, lembrando que “Goleadas maiores só em Vigo e Dortmund”, sublinhando, tal como A Bola e o Record, que “Quique Flores (treinador) e Rui Costa (director desportivo) pedem desculpa aos adeptos”.

Lisboa, 28 Nov (Lusa)


FIAT PANIS – Que haja pão!

Novembro 28, 2008

paoA Santa Sé pediu a reforma da Organização das Nações Unidas para AgriculturaAlimentação (FAO), para que todos possam contar com o «pão de cada dia». Esta foi a proposta que Dom Renato Volante, chefe da delegação da Santa Sé na 35ª sessão especial da Conferência da FAO, apresentou na sua intervenção publicada nesta quinta-feira pela Santa Sé.

Segundo informaram representantes da FAO na reunião, o aumento do preço dos alimentos no último ano aumentou em 75 milhões o número de pessoas que passam fome no mundo, alcançando um número total de 923 milhões de pessoas. Na América Latina e no Caribe, a população de famintos aumentou em seis milhões de pessoas, elevando o número para 51 milhões.

A reunião extraordinária da FAO aprovou, em 22 de Novembro, um Plano de Acção imediato para reforçar a sua importância global e eficácia, com um orçamento de 42,6 milhões de dólares.

Na sua intervenção, o representante papal declarou que a Santa Sé «não quer oferecer soluções técnicas» sobre a reforma desse organismo da ONU com sede em Roma, «e sim mais uma orientação ideal que contribua para decisões concretas que levem em conta as exigências da pessoa, sobretudo quando a sua situação vital compromete uma existência digna».

«Reformar a FAO significa compartilhar a ideia de que a luta contra a fome é uma situação determinada por múltiplos factores e pelos objectivos que a animam, em torno dos quais se elaboram com frequência estratégias orientadas infelizmente a favorecer sectores particulares em vez de favorecer uma visão unitária: a que situa no centro as exigências da pessoa», denunciou Dom Volante.

Por este motivo, constatou, «os efeitos negativos deste enfoque no sector agrário são evidentes, sobretudo naquelas áreas onde pesam mais a pobreza, o subdesenvolvimento, a desnutrição e a degradação do ambiente».

A delegação da Santa Sé considerou «que tanto a estrutura da FAO como os compromissos desse organismo devem ressaltar a função-chave da agricultura nos processos de desenvolvimento, promovendo em primeiro lugar não a simples gestão, mas critérios de gestão precisos e intervenções que respondam às necessidades».

«Isso significa que para reforçar a produção agrícola e satisfazer a crescente demanda de alimentos não se podem esquecer as razões da segurança alimentar e, por conseguinte, a saúde dos consumidores, além do carácter sustentável da produção agrária e da defesa do ambiente.»

Para esses objetivos que todos os Estados, de uma forma ou de outra, consideram prioritários, segundo Volante, «é necessário que a FAO continue dispondo dos recursos e da confiança necessários por parte da comunidade internacional».

Dom Volante concluiu reafirmando «a disponibilidade da Igreja Católica, das suas estruturas e organizações para contribuir neste esforço, a fim de que cada pessoa receba ‘o pão de cada dia’». O lema da FAO é Fiat panis («Que haja pão»).

O director geral da FAO, Jacques Diouf, propôs celebrar uma reunião no começo do próximo ano com o fim de começar a corrigir o actual sistema que «gera insegurança alimentar mundial».

A reunião também tem de obter os 30 bilhões de dólares anuais que se necessitam para aumentar a produção alimentar nos países em desenvolvimento, através do investimento em infra-estruturas e a melhoria da produtividade.

Adaptado de ZENIT.org